sábado, 25 de dezembro de 2010

Não adianta relinchar!

Está cada vez mais difícil ser otimista com o futuro político brasileiro. Desgosto. Essa última do aumento do salário dos parlamentares pelos próprios, de 61,83% foi foda! Mas o que dói mais é esse sentimento de impotência. Essa sensação de que não adianta relinchar, gritar ou bufar, porque o sentimento de insatisfação do povo não ecoa mais, nem sequer hipocritamente, naqueles que deveriam ser os porta-vozes ressonantes dessa insatisfação. Quanto mais o tempo passa, mais descarada fica a coisa. As pessoas até fazem protestos por aí, como vemos nos noticiários, mas geralmente são brandos e descontraídos, traços típicos de nossa gente. O povo se vale de sarcasmos e ironias buscando achincalhar o absurdo. Não funciona mais. O povo zomba dos políticos tentando ridicularizá-los, mas estes por sua vez, desdenham do povo e ignoram sua zombaria. E o abacaxi pútrido vai seguindo na marola social.

O Brasil hoje é uma imensa tribo de cidadãos antropófagos, sempre dispostos e ávidos para mordiscar o próximo. E nossos caciques são os mais vorazes.

Em meio as brumas, o que vejo é um farol, e desse farol o que vejo iluminar, é a uma guilhotina. Não é possível as coisas continuarem assim! Inevitavelmente, uma hora, a raiva do povo transbordará! É o esboço de uma revolução. Revolução moral e ética. E guilhotina a todos que dilapidam descaradamente o bem coletivo.

No blog de Gazy Andraus, um post trata do caso da Folha de São Paulo contra o blog “Falha de São Paulo”, daí lembrei de algo que me aconteceu por esses dias.
http://conscienciasesociedades.blogspot.com
Estava eu na casa de uma amiga que acabara de ganhar um cachorrinho. Ela precisava de um jornal qualquer para tentar educá-lo sobre onde fazer suas necessidades, mas como não havia nenhum por lá, saímos para comprar, ou se possível, arranjar um desses jornais gratuitos que distribuem por aí. Cheguei à banca e perguntei se havia algum jornal desses, de distribuição gratuita. O jornaleiro disse que não tinha porque o “Estadão” havia proibido. O quê!? Como assim!?... Estadão proibiu!?... Mas que absurdo louco é esse!?... Aí o jornaleiro reafirmou que por causa do Estadão, ele não podia ter na banca jornais de distribuição gratuita. A liberdade de imprensa no Brasil é relativa ao poder político e ecônomico que o grupo veiculante detém. Não me aprofundei no porquê da coisa com o jornaleiro, mas fiquei desagradavelmente surpreso. Tem algo de podre no reino da “Brasilândia”... Um vulto fétido se adensa aos poucos... Por fim, ela acabou comprando um Estadão mesmo, pois ao que se destinava, esse jornal serviria muito bem.

E o profeta Zarhroy, aquele que fora de foco tudo vê fez mais uma previsão. Em virtude do fracasso educacional, o uso da palmatória é retomado nas escolas de todo país como uma forma legítima dos alunos castigarem seus professores.


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